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Foliculite queloidiana na nuca: causas, sintomas e tratamentos

publicado em 19/12/2021

Já ouviu falar em foliculite queloidiana na nuca? Nome difícil para uma variação crônica  da doença, que acarreta em cicatrizes queloideanas nessa região capilar.

 

Embora as causas ainda sejam desconhecidas, sabe-se que a inflamação dos folículos pilosos resulta do encravamento de pelos, principalmente os grossos e encaracolados, que ficam muito rentes à pele da região posterior da cabeça e do pescoço.

 

Por isso, acaba afetando quase exclusivamente homens negros, sendo mais raros os casos entre homens brancos e mulheres.

 

Por ser uma forma de foliculite, há quem acredite que as lesões também podem se agravar após a raspagem dos cabelos ou por irritação resultante do atrito constante da gola das camisas nestas áreas, que leva à quebra dos fios e ao seu encravamento.

 

Saiba mais sobre o assunto abaixo!

O que é foliculite queloidiana na nuca?

A foliculite é uma inflamação dos folículos pilosos na pele, caracterizada pela formação de pústulas foliculares avermelhadas, com pus ou não, que podem se manifestar em diversas partes do corpo.

 

No caso da foliculite queloidiana na nuca, essas lesões se formam ao redor da nuca, na parte de trás da cabeça, ao longo da linha do cabelo, e acabam evoluindo para cicatrizes queloidianas (protuberâncias duras e elevadas). 

 

As protuberâncias costumam provocar coceira e inchaço, fazendo com que os cabelos a sua volta caiam e parem de crescer. 

 

Toda a área pode ser afetada, com fios partidos ou encravados entre as lesões e nas proximidades das placas queloidianas, desfigurando o local e se tornando dolorosa.

 

É mais comum entre homens jovens, de raça negra que tenham politriquia, uma fusão de folículos na superfície da pele, de onde crescem dois ou três pelos.

 

A foliculite queloidiana na nuca pode ocorrer em hispânicos e asiáticos, porém é bastante rara em brancos e mulheres.

Como a foliculite queloidiana na nuca se manifesta?

Inicialmente, a foliculite queloidiana na nuca se manifesta através de lesões típicas de uma foliculite comum, com pequenas pústulas foliculares (bolinhas de pus) e pápulas (lesões mais elevadas) inflamadas em volta dos pelos da região posterior da cabeça e da nuca. 

 

Geralmente, essas lesões acompanham vermelhidão e coceira.

 

Com o passar do tempo, essas pápulas e pústulas coalescem e cicatrizam, dando origem à placas queloideanas enrijecidas, que vão aumentando de tamanho lentamente e se tornando desfiguradas e dolorosas.

 

As áreas afetadas resultam em uma alopecia, sem cabelo em volta, com fios partidos ou encravados entre as lesões e nas margens das placas. 

 

Casos ainda mais avançados podem formar abscessos e fístulas que eliminam o pus presente em seu interior.

 

Quando não tratadas, estas lesões podem aumentar de tamanho e a perda dos pelos no local pode ser eterna. Portanto, deve-se iniciar o tratamento o quanto antes!

Causas da foliculite queloidiana na nuca

As causas para essa doença são incertas. Mas, possivelmente, a irritação crônica da pele se dá pelo crescimento irregular de fios de cabelos grossos e encaracolados que não conseguem romper a pele para sair, desenvolvendo a inflamação e, posteriormente, as lesões. 

 

Ou seja, a inflamação folicular é uma resposta ao corpo estranho (pelos) no interior da derme. As lesões queloidianas seriam resultantes da evolução das pápulas e pústulas foliculares.

 

Há indícios de que homens com politriquia (2 ou 3 pelos em um mesmo folículo),  que costumam raspar os cabelos ou cultivar cortes mais frequentes e muito rentes à pele, sejam mais suscetíveis ao problema. 

 

A irritação decorrente do atrito constante de golas de camisas nestas áreas também podem ser uma causa associada à quebra dos fios.

 

Além disso, algumas fricções regulares causadas por capacetes, calor e umidade também podem piorar as lesões.

Tratamento para foliculite na nuca

O diagnóstico para a foliculite queloidiana é feito de forma clínica, ou seja, o médico irá apenas observar as lesões. Mas o seu tratamento é bem difícil, pois até o momento não existe uma cura definitiva.

 

Mesmo assim, recomenda-se iniciar o tratamento logo no início dos primeiros sintomas para se evitar a progressão da doença, ou seja, a formação das cicatrizes queloideana, que são ainda mais difíceis de tratar.

 

Em geral, o especialista recomenda medicamentos antibióticos e anti inflamatórios tópicos nas fases iniciais (fase papular durante a reação inflamatória) e intermediárias, como é o caso do Tend Skin

 

Já em um graus mais avançado da doença, pode ser necessário utilizar antibióticos ou corticosteróides orais, bem como a infiltração intralesional de corticosteróides, se as lesões cicatriciais já estiverem instaladas.

 

Na presença de secreção purulenta, por exemplo, pode ser necessário a cultura bacteriológica, seguida de antibiótico tópico ou oral a depender de cada caso.

 

Normalmente, a isotretinoína utilizada no tratamento da acne pode ser uma opção em casos resistentes e até radioterapia. 

 

Há casos em que uma drenagem cirúrgica se faz necessária. No entanto, o tratamento mais adequado deverá ser recomendado por um dermatologista, baseado em cada caso.

 

Uma vez que a doença esteja sob controle, a manutenção é feita com retinóides tópicos e corticóides de uso intermitente.

 

Alguns dermatologistas recomendam a ablação a laser quando existem lesões refratárias a outros tratamentos, a fim de evitar as cicatrizes.

 

De qualquer forma, o tratamento mais adequado deve ser determinado pelo médico dermatologista, caso a caso.

É possível prevenir a foliculite queloidiana na nuca?

Não há como prevenir a doença visto que não se sabe ao certo a causa. Porém, é possível evitar o seu agravamento, para que as lesões não se tornem cicatrizes.

 

Os pacientes sob suspeita de propensão à doença devem evitar raspar a cabeça ou fazer cortes de cabelo muito curtos, além de limitar o uso de acessórios, como bonés e capacetes, que impedem o couro cabeludo de respirar e criam atrito que podem contribuir para a quebra dos fios.

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